Dr. Carlos Gil FerreiraCRM-MT: 4042
Formado na UFPR e Residência Clínica Médica no Hospital das Clínicas UFPR, Psiquiatra e Psicogeriatra.

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Depressão no Idoso

A depressão no idoso é uma doença muito frequente e hoje afeta uma em cada dez pessoas acima dos sessenta anos.
Infelizmente, muitas vezes o diagnóstico é difícil, pois existe uma percepção equivocada da população de que os sintomas (como queixas físicas e comprometimento cognitivo), que o indivíduo apresenta façam parte das queixas e sinais “normais da idade”.
Muitas doenças clínicas podem “esconder” ou mesmo agravar quadros depressivos no idoso di?cultando assim, o seu diagnóstico e tratamento.
O paciente idoso apresenta alteração na velocidade de excreção e metabolização da medicação, uso de remédios clínicos que podem interferir na medicação psiquiátrica e viceversa, intolerância a doses iniciais sendo preconizado iniciar com doses menores da medicação psiquiátrica e maior demora na resposta dos sintomas.
Na depressão de “início tardio” - onde o primeiro episódio depressivo se inicia depois dos 50 anos, devemos investigar outras possíveis causas clínicas - através de exames de imagem de crânio e outros exames complementares mais abrangentes.
A outra categoria é a presença de depressão e história de episódios depressivos antes dessa idade (na juventude e no adulto jovem antes dos 50 anos). Neste caso, a possibilidade de recidiva de tem características mais endógenas e de cunho hereditário.
A depressão grave no idoso pode ser fator prévio de evolução para quadros demênciais. Os medicamentos antidepressivos não apresentam correlação com quadros demênciais sendo, inclusive demonstrado, que esses medicamentos podem ter 
ação protetora contra a instalação da demência.
São características clínicas peculiares ao idoso:

  • Sintomas hipocondríacos e medo de doenças;
  • Maior presença de perda de peso, anorexia e melancolia;
  • Alterações de motricidade;
  • Maior prevalência de sintomas psicóticos;
  • Alterações cognitivas (memória e concentração) mais graves.

A gravidade e a intensidade dos sintomas iniciais e/ou quadro psicótico associado, indicam fatores de pior evolução do transtorno.
A depressão no idoso não tratada está associada com maior procura por serviços médicos, maior número de internações, maior quantidade de medicações em uso e piora da evolução das patologias clínicas. A situação leva a alteração importante da qualidade de vida da pessoa acometida e um custo social e de saúde maior para a sociedade
O tratamento tem os mesmos parâmetros da população adulta. Os cuidados devem estar relacionados com a escolha de medicações apropriadas para a idade, iniciando sempre com doses menores para adaptação com aumento gradativo e supervisionado, cuidado com a interação com medicações clínicas em uso e pesquisar a possibilidade de causas orgânicas.
O tempo de tratamento costuma ser longo com possibilidade de manutenção de medicação de?nitiva dependendo da gravidade e evolução clínica do quadro depressivo. Entretanto, o prognóstico da depressão no idoso tratada corretamente costuma trazer grande melhora na qualidade de vida do paciente e dos seus familiares

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